LESÃO DE STENER : porque eu preciso operar?

A lesão de Stener é um tipo específico de lesão ligamentar que ocorre no dedo polegar, mais precisamente no ligamento colateral ulnar da articulação metacarpofalângica. Essa lesão geralmente acontece após um trauma, como ao tentar segurar um objeto que força o polegar para fora de sua posição normal, ou em esportes de impacto.

O que acontece em uma lesão de Stener?

Quando o ligamento colateral ulnar se rompe, ele pode ficar deslocado e impedido de voltar à sua posição normal devido ao tendão do músculo adutor do polegar. Isso impede que o ligamento cicatrize corretamente e pode levar a instabilidade crônica do polegar, dificultando movimentos simples, como segurar uma caneta ou abrir um frasco.

Principais sintomas

• Dor e inchaço na base do polegar.
• Dificuldade ou incapacidade de pinçar objetos.
• Sensação de fraqueza ou instabilidade ao movimentar o dedo.
• Deformidade visível em casos mais graves.

Diagnóstico

O diagnóstico da lesão de Stener começa com uma avaliação clínica, em que o médico observa a amplitude de movimento e testa a estabilidade do ligamento. Exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, podem ser solicitados para confirmar a ruptura e identificar se o ligamento rompido está fora da posição correta.

Tratamento

Nem todas as lesões do ligamento colateral ulnar exigem cirurgia, mas no caso específico da lesão de Stener, o reparo cirúrgico geralmente é necessário. Durante a cirurgia, o ligamento é reposicionado e fixado, permitindo a cicatrização adequada. Após a operação, é comum o uso de imobilização temporária e, posteriormente, fisioterapia para recuperar força e movimento.

Por que tratar é tão importante?

Sem tratamento adequado, a lesão de Stener pode causar problemas permanentes, como instabilidade do polegar e perda de função. Isso pode impactar atividades do dia a dia, especialmente aquelas que exigem força de pinça.

Se você acha que sofreu uma lesão no polegar ou sente sintomas parecidos com os descritos, procure um especialista. Diagnóstico precoce e tratamento adequado fazem toda a diferença.

Dra. Renata Pontes

Cirurgiã da Mão